Alma amiga,
Não sou um sensitivo,
Tampouco sinestésico.
Também procuro lenitivo,
Também procuro anestésico.
Mas, alma, por que voas longe
Por estes arrabaldes?
Cansaste dos teus sonhos,
Buscas novos ares.
Cheia de incertezas,
Anseias por altares.
Alma, por que vagar tão densa?
Deixes o teu peso como a nuvem
De boa e fecunda chuva
Sobre a terra que a aguarda.
Fiques, chovas em versos
O que sentes,
Faças do poema a vertente
De onde se sacia a sede,
Esta sede que sentimos.
Esta sede que cantamos.
Pedro Luiz Da Cas Viegas,
Gravataí, 22/07/2012
Apenas livre!
ResponderExcluirComo disse Mario Quintana "um bom poema é aquele que nos dá a impressão de que está lendo a gente e não a gente a ele". Foi isso, senti-me lida por esse poema.
ResponderExcluirPoxa! Que honra Katia! Merecer uma citação do Mario Quintana... Que bom que você se sentiu lida pelo poema!
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