O bom sangue corre nas veias.
Receias o mal que não conheces.
As preces como mantras garantidos.
Terás sido a melhor das que não tive.
Ourives das peças mais consagradas,
Te agradas saber que nada sei.
Qual lei fala de ser comum.
Humano, vacum, o fim é o mesmo.
A esmo, tudo matamos, bichos e gentes.
Lamentes, chores choros ensaiados.
Traçados os planos, o dia seguinte.
Pedintes, miséria, falta de sorte.
Ser forte, subir e descer o caminho.
Teu destino, grafado no pó deste vento.
Cada momento, que seja o elo faltante.
Errante, partícula percorre a massa vazia.
O avançar da idade sepulta a vontade abortada.
Desperta o grito no estertor da agonia.
Submerge a ilha nas vagas do mar,
Derivar, indeciso, em meio, ao longo, ao fim.
Telhados escondem estes mecanismos.
Esfregar fuligens das pratas.
Polir, enganando o tempo que passa.
Devir, apenas o fim que principia,
Conteúdo pulsante de um estojo de ossos.
Estrutura, treliça armada, cimento, ferrugem.
Granular natureza, discreta, finita.
O circuito fechado revela
A função das paredes.
De joelho ao pé da estátua.
Uma gota pintada na ferida de gesso.
Gestos de pedra.
Arte da dor.
Não há chá
Sem a morte da flor.
Pedro Luiz Da Cas Viegas
Porto Alegre, 2002
Final apoteótico.
ResponderExcluirAbr....